A certificação é uma preocupação relevante, tanto para UCs como trabalhadores; afinal é por meio do certificado que o conhecimento de milhares de colaboradores é validado e reconhecido pela sociedade para ter acesso a uma série de benefícios e aceitação no mundo do trabalho.
Há universidades corporativas que se descaracterizarm e acabaram se tornando Centros Universitários e Faculdades, o que foge ao conceito e às práticas de uma unidade de educação corporativa. Meister ( 1999) é contrária ao credenciamento de UCs, seja pelas burocracias ou pelo afastamento das organizações de seus propósitos.
A importância de uma UC certificar seus trabalhadores e até mesmo ampliar seu alcance a fornecedores, estagiários e incluir acadêmicos é fundamental para que as empresas possam cada vez mais desenvolver seu capital intelectual e sua rede, gerando, também, oportunidades para que tais profissionais encontrem espaço no mercado de trabalho ou replicar o conhecimento sobre determinadas práticas. Nem tanto ao mar e nem tanto a terra, a verdade é que há áreas em que somente as próprias empresas podem capacitar em áreas estratégicas e que fogem à prática acadêmica regular.
Imagino uma universidade corporativa que precisa preparar seus colaboradores para lidaram com materiais tóxicos, penso no cuidado com questões como pereculosidade e salubridade, realmente, precisam aprender como evitar contaminação, seguir protocolos de segurança e outros procedimentos, o que seria inviável em uma escola regular ou instituição de ensino superior sem laboratórios e ambientes apropriados. Logo, certificar esses profissionais com certeza é uma ação natural e consequência de uma aliança entre trabalho e capacitação.
Desde 2003 a discussão em torno da certificação por Universidades Corporativas tem conquistado cada vez mais espaço. Antes discutíamos as políticas públicas para as UCs no MDIC. Hoje, o MEC aponta para o caminho da auto regulação. Não é nada mau a proposta, desde que as UCs tenham respaldo para oferecer seus cursos de especialização 360 e que seus colaboradores tenham garantias sobre o reconhecimento de seus certificados, principalmente, para efeito em suas carreiras e enquadramento funcional, neste caso, olhando com cuidado os empregados vinculados aos órgão governamentais.
Temos, então, que formar uma força tarefa e consolidar a questão da auto-regulação e pactuar entre empresas como será a atuação. Vamos conversar mais e amadurecer, a Anitec está pronta para ajudar as Universidades Corporativas a avançarem e alcançarem cada vez mais colaboradores com suas jornadas de aprendizagem.
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Eleonora Jorge Ricardo – Presidente Anitec
